A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) pode instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação da Energisa no estado. A Casa Legislativa está sendo provocada por deputados, que por sua vez estão sendo procurados por consumidores e setores da sociedade civil organizada, especialmente da construção civil, com reclamações a respeito do atendimento da empresa no Estado.
Segundo os relatos, nos últimos anos, a Energisa teria adotado uma política focada na redução de custos, resultando no que é classificado como um “massacre” aos consumidores. Entre as queixas está a demora de meses, e até anos, para que a empresa realize simples ligações elétricas, impactando o desenvolvimento econômico da Paraíba.
A Energisa, que possui 1,8 milhão de clientes ativos e atende 4,1 milhões de habitantes no estado, conta com apenas 2.721 colaboradores próprios. Isso mostraria claramente que a empresa está demorando nos atendimentos porque reduziu significativamente sua equipe. Com 73 subestações, a empresa enfrenta dificuldades para atender toda a demanda de um estado do porte da Paraíba com uma equipe tão enxuta.
Os deputados também lembram o caso de uma pessoa internada no Hospital de Trauma de Campina Grande após sofrer um choque elétrico na região de Patos, destacando que este é apenas mais um exemplo de descaso. Em 2023, a Paraíba registrou 25 mortes por choques elétricos, com um total de 35 acidentes, de acordo com o Anuário da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade.
Apesar desse cenário, a Energisa teve um lucro líquido de aproximadamente R$ 400 milhões na Paraíba no ano passado. Segundo os parlamentares e setores da sociedade, esses números evidenciam que a empresa está enriquecendo às custas de um atendimento ineficiente e deficiente. Os deputados entendem que a CPI será uma ferramenta essencial para investigar e buscar soluções para o problema.
Fonte: paraibaja.com.br
Foto: reprodução/divulgação