O Padre Egídio Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, se apresentou nesta sexta-feira (06) junto ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). A aparição acontece um dia após o religioso ser alvo da Operação Indignus, que apura desvios na unidade de saúde.
Apesar da aparição, a princípio não houve depoimento. O movimento faz parte de uma estratégia para mostrar que o religioso está à disposição das autoridades.
Ontem, em entrevista ao programa Hora H, o advogado de defesa de Egídio, Sheyner Asfora, já tinha adiantado que ele iria se apresentar à Justiça.
Deflagrada quinta-feira (05), a Operação Indignus, deflagrada por uma Força-Tarefa encabeçada pelo MPPB, realizou mandados de busca e apreensão em três imóveis ligado ao Padre Egídio. A expectativa era de que possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana (ASA).
Da caridade ao luxo: Padre Egídio usou ação social para juntar fortuna, diz o Gaeco
As condutas indicam práticas, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados. No entanto, o advogado Sheyner Asfóra ressaltou que ainda nenhuma intimação oficial foi recebida pelo Padre Egídio. Por isso, a defesa quer procurar as autoridades para se explicar e entender as explicações.
O que diz a investigação
A investigação que embasou a Operação Indignus mostra que o Padre Egídio Carvalho, ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, é o verdadeiro proprietário de imóveis de luxo. A suspeita é que Carvalho seja dono de 10 apartamentos, alguns considerados de elevadíssimo alto padrão.
A Força-Tarefa liderada pelo Ministério Público da Paraíba aponta para uma confusão patrimonial entre os bens e valores de propriedade das referidas pessoas jurídicas com o religioso.
Foi constatada uma considerável relação de imóveis atribuídos, aparentemente sem forma lícita de custeio, quase todos de elevado padrão, adornados e reformados com produtos de excelentes marcas de valores agregados altos.
A operação apura os fatos que indicam possíveis condutas criminosas ocorridas no âmbito do Instituto São José, do Hospital Padre Zé e da Ação Social Arquidiocesana/ASA.
As primeiras provas apontam possíveis desvios de recursos públicos destinados a fins específicos, por meio da falsificação de documentos e pagamento de propinas a funcionários vinculados às referidas entidades.
As condutas indicam a prática, em princípio, dos delitos de organização criminosa, lavagem de capitais, peculato e falsificação de documentos públicos e privados.
Blog do Hamilton Silva com Mais PB
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